Santos


Serviço Municipal de Transportes Coletivos (SMTC)
Companhia Santista de Transportes Coletivos (CSTC)
Viação Piracicabana

Desde 1963

Histórico

O Serviço Municipal de Transportes Coletivos foi uma autarquia municipal  criada pela Lei nº 1.297 de 19 de dezembro de 1951. Iniciou suas operações em primeiro de janeiro de 1952 ao assumir o acervo da Companhia City encampada pelo poder público municipal com 138 bondes elétricos, 47 reboques e 38 gôndolas, todos em estado precário de conservação, inclusive a rede aérea e a via permanente. Só restavam 40 bondes em operação.

Em setembro de 1952, foi concluída a elaboração do Plano de Transportes Urbanos do Município de Santos, preconizando a implantação de trólebus em substituição aos bondes. Em 1955 foi aberta concorrência pública para aquisição de 50 trólebus e cinco subestações retificadoras.

Em 5 de outubro de 1955, o SMTC colocou em operação seus primeiros ônibus a diesel com frota comprada de improviso, em função da justiça ter cassado a licença de operação da antiga empresa permissionária.

Trólebus

A concorrência para o fornecimento de 50 trólebus foi vencida pelo consórcio Alfa Romeo/Fiat com carroceria Pistoiesi FL311 e equipamentos elétricos Marelli.

Em 1960, estava concluída a instalação de boa parte da rede aérea da primeira linha de trólebus, faltando as 5 subestações e cabos alimentadores. Em janeiro de 1961, finalmente após mais de três anos de negociações com as autoridades federais, o prefeito Silvino Fernandes Lopes conseguiu a licença de importação dos ônibus elétricos para Santos.

A Tribuna, 14/04/1961


Em agosto de 1962, após a finalização das negociações com o Banco do Estado foi possível, finalmente, emitir a ordem de compra dos 50 trólebus italianos.


primeiro veículo fabricado na Italia




Em janeiro de 1963, o SMTC planejava a implantação de 6 linhas de trólebus para atender toda a cidade:

Praça Rui Barbosa - Orquidário Municipal
Praça Rui Barbosa - Ferry-boat
Praça Mauá - Praça Franklin Delano Roosevelt
Praça Mauá - Praça Hipólito do Rego
Praça Mauá - Praça Visconde de Ouro Preto
Praça Mauá - Praça Visconde de Itaboraí

Os primeiros veículos, modelo Fiat Alfa Romeo 920AF, foram desembarcados no Porto de Santos em 1963. Cada veículo tinha capacidade para 95 passageiros, sendo 52 sentados e 43 em pé. Eram idênticos aos fornecidos às cidades do Rio de Janeiro, São Salvador, Rosario (Argentina) e Montevideo (Uruguay).

Em 27 de janeiro de 1963, após meses de negociação, chega em Santos um trólebus emprestado da CTC do Rio de Janeiro para iniciar a operação experimental e treinamento dos motoristas do trólebus de Santos, antes da chegada dos primeiros veículos importados da Itália. Os testes foram iniciados em 30 de janeiro de 1963.

Em abril de 1963, foi iniciada a instalação da rede área na Avenida Francisco Glicério, no trecho entre a Avenida Washington Luís e o Orquidário.

Em 13 de maio de 1963, foram embarcados no porto de Livorno no navio Lóide Guatemala, os 5 primeiros trólebus da encomenda de 50 unidades. Dois dias depois foram embarcados no mesmo porto mais 10 trólebus. Os 5 primeiros trólebus foram desembarcados no porto de Santos em 5 de junho de 2023. Em 12 de junho de 1963, foram embarcados no porto de Livorno no Lóide mais 5 trólebus. 

Em 25 de junho de 1963, os cinco primeiros trólebus foram transportados do pátio da Companhia das Docas de Santos porto para a garagem do Jabaquara.

Em 27 de junho de 1963, foram desembarcados os 10 trólebus do Lóide Argentina. 

Fotos - Desembarque dos cinco primeiros trólebus


A Tribuna, 16/05/1963, p.24

Desembarque no Porto de Santos em junho de 1963


Os veículos eram numerados de 500 a 598 somente em números pares. Contavam com bateria suplementar para deslocamentos curtos, em caso de falta de energia elétrica da rede aérea.

Em 17 de julho de 2023, o SMTC anunciou que em breve seria iniciado o prolongamento da rede dos trólebus até o Ferry-boat, através da Avenida  e até ao Orquidário Municipal. 

O prolongamento até o Orquidário Municipal teria o seguinte itinerário: Orquidário Municipal, Avenida Francisco Glicério, Avenida Marechal Deodoro, Praça da Independência, rua Galeão Carvalhal, Avenida Washington Luís, rua Braz Cubas, rua São Francisco, rua Dom Pedro II, Praça Mauá, rua General Câmara e Praça Mauá.

Em julho de 1963, foi iniciada a reforma do depósito dos bondes de Vila Matias para receber os trólebus.

A primeira linha de trólebus de Santos foi inaugurada em 12 de agosto de 1963, ligando o Estuário ao Canal 5, com cinco veículos e o seguinte itinerário: rua Martim Afonso (esquina de João Pessoa), rua João Pessoa,  rua da Constituição, rua Carvalho de Mendonça, Avenida Washington Luís, rua Embaixador Pedro de Toledo, Avenida Epitácio Pessoa, Avenida Almirante Cochrane até a esquina da Avenida Afonso Pena. Volta: Avenida Almirante Cochrane, retorno pela Praça Visconde de Itaboray, Avenida Almirante Cochrane, Avenida Epitácio Pessoa, rua Embaixador Pedro de Toledo, Avenida Washington Luís, rua Carvalho de Mendonça, rua da Constituição, rua Bittencourt e rua Martim Afonso até o ponto final na esquina da rua João Pessoa.

Inauguração da primeira linha de trólebus em 12 agosto 1965

A Tribuna, 13/08/1963, p.1
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A Tribuna, 13/08/1963, p.28

Primeira linha do Trólebus de Santos
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Em 27 de agosto de 1963, aguardava-se a chegada de equipamentos de São Paulo para iniciar a instalação das redes aéreas das linhas para o Orquidário Municipal e Ferry-boat, aproveitando a rede instalada na Avenida Washingtom Luís.

Em setembro de 1963, foram desembarcados no Porto de Santos mais 9 trólebus, provenientes da Itália pelo Lóide Argentina. O SMTC passou a contar com 34 trólebus. Os 16 veículos restantes deveriam ser entregues em 1964. 

Em novembro de 1963, foi iniciada a instalação do posteamento da rede aérea da linha entre a Avenida Washington Luís e a Praça Washington no Orquidário Municipal.

Em 13 de dezembro de 1963, a linha de trólebus 5 transportou 7,2 mil passageiros, batendo o recorde desde sua inauguração. A mesma linha com ônibus a diesel transportava diariamente 3,7 mil passageiros. Era operada com 5 veículos.

Em 16 janeiro de 1964, o SMTC já tinha recebido 46 dos 50 trólebus encomendados. Os 4 restantes já estavam a caminho do porto de Santos. Em Santos 25 trólebus estavam expostos ao tempo na garagem do Jabaquara, 19 no cais do porto e 2 nas oficinas do Jabaquara para lavagem e lubrificação. Em dezembro do mesmo ano uma área do depósito dos bondes da Vila Matias foi transformada em garagem para os trólebus.



A Tribuna, 15/02/1964, p.22


Em 28 de março de 1964, o prefeito José Gomes aprovou a revisão do plano de expansão da rede de trólebus, incluindo a implantação de uma linha tronco na Avenida Conselheiro Nébias, considerando que as limitações da rua da Constituição. Em 12 de maio de 1964, foi iniciada a instalação do posteamento da rede aérea da Avenida Conselheiro Nébias.


Projeto de posteamento no canteiro central
A Tribuna, 28/05/1964, p.22

A Tribuna, 30/07/1964, p.12


Em 3 de agosto de 1964, finalmente, após a superação da falta de equipamentos importados para a rede aérea e subestações, foi inaugurada a segunda linha de trólebus de Santos, a nº 53, ligando o Centro ao Orquidário com 5 veículos. Com a nova linha a rede de trólebus passou a contar com 20 Km de extensão


A Tribuna, 02/08/1964, p.3

Segunda etapa dos Trólebus de Santos
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Em 16 de outubro de 1964, foi aprovado o Plano de Expansão dos Trólebus elaborado em conjunto pelo SMTC, Secretaria de Obras e a firma SADE (Sul Americana de Eletricidade S.A.), empresa encarregada da implantação das linhas. O plano previa a implantação de mais cinco linhas, a saber:

Gonzaga
Ponta da Praia (Ferry-boat)
Boqueirão
Macuco
Afonso Pena

Em 18 de outubro de 1964, foi retomada a obra de implantação do posteamento da rede aérea da Avenida Conselheiro Nébias, desta vez com postes laterais, abandonando o antigo projeto de posteamento no centro da via. No mesmo mês foi iniciada a instalação do posteamento da linha do Macuco.

Em 10  de fevereiro de 1965, dos 50 trólebus importados, 5 ainda estavam no porto, 6 em uso na Linha 5 e 5 linha 53. As duas linhas transportavam diariamente 15 mil passageiros.

Em 5 de março de 1965, foi inaugurada a terceira linha de trólebus de Santos, a 54 (Ponta da Praia) substituindo a linha de ônibus diesel nº 4. Com a inaugurada a rede dos trólebus de Santos passou a contar com 30 Km.

A Tribuna, 04/03/1965, p.5
Terceira etapa dos Trólebus de Santos
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A Tribuna, 04/03/1965, p.5


Em outubro de 1965, foi iniciada a instalação do posteamento da rede elétrica da Praça Mauá. 


Inúmeros entraves burocráticos atrasaram a implantação dos trólebus de Santos
A Tribuna, 05/11/1966, p.3


Em 21 de outubro de 1966, foi inaugurada a quarta linha de trólebus, a 8 (Praça Mauá - Praça Visconde de Itaborahy) via rua Silva Jardim, com 11,1 Km de nova rede bifilar. Com a inauguração o sistema de trólebus passou a contar com 37 Km de rede bifilar.


A Tribuna, 21/10/1966, p.3

Quarta etapa dos Trólebus de Santos
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Em primeiro de dezembro de 1966, foi iniciada a implantação de rede aérea na Avenida Conselheiro Nébias, a mais movimentada da cidade, suspendendo o tráfego de sete linhas de bonde. Com a implantação do canteiro central e a consequente diminuição da capacidade de tráfego, muitos motoristas preferiram usar a Avenida Ana Costa que acabou se transformando na avenida mais movimentada de Santos.

Em 26 de janeiro de 1967, foi entregue a quinta linha de trólebus, a 45 (Rua Dom Pedro II - Praça Visconde de Itaborahy) via Avenida Afonso Pena. O sistema de trólebus passou a contar com 46 Km de rede bifilar.

A Tribuna, 26/01/1967

Quinta etapa dos Trólebus de Santos
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A Tribuna, 11/04/1967, p.3

A Tribuna, 11/04/1967, p.3


Em 15 de abril de 1967, as linhas 4 e 44 passam a ter ponto inicial na Praça Mauá.


Praça Visconde de Itaborahy
A Tribuna, 20/04/1967, p.28


Em 19 de maio de 1967, o ponto final da linha de trólebus 44 foi transferido da Avenida Conselheiro Nébias para a rua Oswaldo Cruz, esquina com a Avenida Bartholomeu de Gusmão. 

Em junho de 1967, em função de novo plano de circulação no Centro, foi iniciada a construção de um ramal com 260 metros de extensão nas ruas Senador Feijó e São Francisco para os veículos provenientes da rua Bittencourt com destino à rua Dom Pedro II. O ramal foi aberto ao tráfego em 6 de outubro de 1967.

Em 6 de outubro de 1967, finalmente foi inaugurada a última linha da rede básica dos trólebus de Santos, a 40 (Praça Mauá-Praça Independência) no Gonzaga. 


A Tribuna, 05/10/1967, p.3

Rede Básica dos Trólebus de Santos
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Linha 53 (Praça Mauá-Orquidário) em 1967


Plano de Expansão

Em outubro de 1967, após a implantação da rede básica com os 50 trólebus italianos, o SMTC iniciou a elaboração do anteprojeto de expansão da rede. O prefeito Silvio Fernandes planejava adquirir mais 25 trólebus e 125 ônibus a diesel até o fim de sua gestão, erradicando por completo o sistema de bondes elétricos.

A primeira providência seria o prolongamento da linha 8 até a Praia. Os novos trólebus, de  preferência de fabricação nacional, seriam usados na região noroeste onde já se procedia a expansão da primeira etapa até a divisa com São Vicente pela Avenida Nossa Senhora de Fátima. Posteriormente a linha seria prolongada até a Praça Coronel Lopes em São Vicente. A linha, com ponto inicial na ponto inicial na praça dos Andradas, teria 15,6 Km de rede bifilar.

Em 9 de março de 1968, foi iniciada a instalação de 4,8 Km rede aérea na Avenida Nossa Senhora de Fátima na Zona Noroeste, entre o Saboó e a divisa com São Vicente, sendo concluída em abril do mesmo ano. Estudava-se também implantar uma linha diametral entre a Praça Jerônimo La Terza, no bairro Rádio Clube, até o Ferry-boat, passando pela Praça Mauá e avenidas Nossa Senhora de Fátima e Bernardino de Campos. Apesar dos esforços, nenhuma linha para a Zona Noroeste foi entregue. Em 29 de agosto de 1972, finalmente, foi concluída a remoção da rede da Avenida Nossa Senhora de Fátima.

A expansão da linha 8 até duas quadras da praia foi entregue em 15 de junho de 1968, com o seguinte itinerário: rua Oswaldo Cochrane, rua Vergueiro Steidel, rua Álvaro Alvim e rua Conselheiro Lafayette até o ponto final na esquina da rua Oswaldo Cochrane, totalizando 1,92 Km de nova rede bifilar.


Carro da Linha 40 com a segunda pintura do SMTC

A Tribuna, 09/03/1968, p.28


Em julho de 1968, dentro do plano de expansão da rede de trólebus, estudava-se prolongar a linha 45 (Praça Mauá-Praça Visconde de Itaborahy) até a Ponta da Praia, pela Avenida Afonso Pena.

Em setembro de 1968, a prefeitura anuncia que não ampliará sua frota, permanecendo em  50 trólebus e 125 ônibus Mercedes-Benz a diesel até o fim do mandato do prefeito.

Em 11 de abril de 1969, o prefeito Silvio Fernandes inaugura  a nova entrada da cidade já com posteamento para a futura linha de trólebus da Zona Noroeste.

Em abril de 1969, pela primeira vez os trólebus transportam mais passageiros que os bondes. Nesse mês o SMTU transportou a média diária de 220 mil passageiros, sendo 140 mil nos ônibus a diesel, 50 mil nos trólebus e 40 mil nos bondes. O motivo, segundo os responsáveis pelo tráfego do SMTC, seria a equiparação das passagens dos coletivos e a melhoria da qualidade do serviço com mais veículos nas diversas linhas.

Em 23 de junho de 1969, a linha 40 (Praça Mauá-Praça Independência) foi prolongada até o Orquidário Municipal, passando a operar com 6 carros com frequência de 10 minutos. Antes eram 5 carros.

A Tribuna, 19/06/1969, p.3



Em agosto de 1970, foi iniciada a instalação do posteamento da rede aérea da rua Azevedo Sodré, no trecho entre as avenidas Washington Luís e Ana Costa, para retirar os trólebus da contramão da rua Galeão Carvalhal. O novo trecho, com 510 metros de rede bifilar, incluindo o novo trecho da Avenida Ana Costa, entrou em operação em 30 de novembro de 1970. A linha 5 passou a seguir pela rua Azevedo Sodré até a Praça da Independência em função da proibição de giro da Avenida Washington Luís para a rua Embaixador Pedro de Toledo.


A Tribuna, 28/11/1970, p.5


Em 6 de dezembro de 1970, em caráter experimental, foi inaugurada a linha de trólebus 43 ligando o Orquidário Municipal ao Ferry-boat, funcionando somente aos domingos e feriados com 4 carros, com o seguinte itinerário: Praça Washington (Orquidário), Avenida Francisco Glicério, rua Maranhão, Avenida Floriano Peixoto, Praça da Independência, rua Galeão Carvalhal, rua Governador Pedro de Toledo, Avenida Epitácio Pessoa, Avenida Rei Alberto I, rua Capitão João Salermo, Avenida Almirante Saldanha da Gama até o ponto final no Ferry-boat. Volta pelo mesmo itinerário até a Avenida Epitácio Pessoa seguindo pela Avenida Conselheiro Nébias, Azevedo Sodré, Avenida Ana Costa, Praça da Independência, Avenida Barão de Penedo até o ponto final na Praça Washington.

No mesmo dia a linha 44 (Praça Mauá-Boqueirão) foi prolongada até a Praça Coração de Maria, com ponto final na confluência das avenidas dos Bancários com e Dino Bueno.

A Tribuna, 04/12/1970, p.1

A Tribuna, 05/12/1970, p.5

A Tribuna, 18/12/1970, p.5

A Tribuna, 29/01/1971, p.1


Sabotagem

Em março de 1971, o SMTC apresentou o plano de converter sua frota de 50 trólebus em ônibus a diesel, seguindo o exemplo da CTC da Guanabara. Ambas as cidades perderam o interesse de operar ônibus elétricos logo após a extinção dos bondes.  

Em função da falta de manutenção adequada da rede área, o sistema apresentava sucessivas paralisações. Somente em novembro de 1974 foi iniciada a reforma da rede aérea, com a substituição de 45 Km de cabos.

O último bonde circulou em Santos em 28 de abril de 1971, o último grande sistema do país a ser fechado.

A Tribuna, 25/09/1971, p.1


Em 31 de janeiro de 1972, foi iniciada a operação experimental do primeiro trólebus (prefixo 542) convertido a ônibus diesel. Na primeira semana de testes apresentou problemas de adaptação.

Trólebus convertido em ônibus a diesel
A Tribuna, 01/02/1972, p.3


Em novembro de 1972, foi iniciada a retirada da rede área da da rua Roberto Simonsen, no bairro do Boqueirão, para ser instalada na rua Heitor de Moraes, após solicitação do Hospital Maternidade Cid Peres ali existente.

Em janeiro de 1973, dos 49 trólebus do SMTC, 20 estavam fora de circulação por falta de peças ou avarias.

Em junho de 1973, o SMTC adota nova identidade visual. Os primeiros veículos a receberem a nova pintura foram os ônibus a diesel Metropolitana Ipanema ano 73 entregues no mesmo mês.

Em outubro de 1973, o sistema de trólebus transportava diariamente 63 mil passageiros, com frota de 43 veículos, enquanto os 120 ônibus a diesel do SMTC transportavam 190 mil.

Entre 1970 e 1974, a linha 45 (Praça Mauá-Praça Visconde de Itaborahy) via Avenida Afonso Pena, foi desativada.


Terceira pintura dos trólebus lançada em 1973 
junto com a nova identidade visual do SMTC
A Tribuna, 29/01/1973, p.1

Ponto final da Linha 4 (Praça Mauá-Ferry Boat) na Ponta da Praia na década de 1970


Em maio de 1974, o superintendente do SMTU, Eduardo Rocha, em entrevista ao jornal A Tribuna, esclarecia que não havia planos para extinção dos trólebus, pois eram e sempre foram rentáveis, inclusive com baixo custo operacional. 

Em maio de 1974, a linha 4 transportava diariamente 20 mil passageiros. O SMTC colocava 40 trólebus em operação diariamente em 6 linhas: 4, 5, 8, 40, 44 e 53. 

Em 13 de setembro de 1974, o ponto final das linhas 5 e 53 foi remanejado da rua General Câmara para a Praça Rui Barbosa, aproveitando um desvio da rede aérea, eliminando o problema de parada dos elétricos em fila dupla.

Em outubro de 1974, os trólebus eram os veículos mais rentáveis do SMTC. Só depois de mais de 11 anos de uso passaram a receber pequenas reformas.

Em novembro de 1974, o prefeito Antônio Manoel de Carvalho admitiu a possibilidade da venda do SMTC para uma empresa privada.

Em 15 de março de 1976, através da lei municipal nº 4.103, foi criada a Companhia Santista de Transportes Coletivos (CSTC), empresa de capital misto controlada pela Prefeitura, que substituiu o Serviço Municipal de Transportes Coletivos (SMTC).

Em 1977, dos 50 veículos modelo Fiat adquiridos em 1962, restavam em operação apenas 37, sendo um modelo convertido para ônibus diesel.

Novos Trólebus

Em julho de 1977, o prefeito Antônio Manoel de Carvalho renovou o pedido de financiamento à EBTU para a compra de 20 novos trólebus para Santos.  A crise do petróleo motivou a recuperação e a ampliação da frota do trólebus de Santos.

Em 2 de julho de 1977, foi inaugurada a linha de trólebus 13 (Orquidário Municipal - Ferry-boat), funcionando somente aos sábados, domingos e feriados  com 4 veículos e intervalos de 15 minutos.

Em 18 de julho de 1977, o CSTC inaugura duas novas linhas de trólebus, aproveitando a rede existente, atendendo áreas de maior movimento de passageiros:

34 - Praça Mauá - Boqueirão 
43 - Praça Mauá - Praça da Independência, 2 veículos

Em 26 de setembro de 1977, foram extintas as linhas de trólebus 34 (Centro-Boqueirão) e 43 (Centro-Praça Coração de Maria). 

As linhas foram substituídas pelo prolongamento da linha 43 (Centro-Praça da Independência) e pela inauguração da nova linha 50 de trólebus com o seguinte itinerário: Praça Rui Barbosa, João Pessoa, Constituição, Carvalho de Mendonça, Washington Luís, Azevedo Sodré, Ana Costa, Praça da Independência, Galeão Carvalhal, Governador Pedro de Toledo, Epitácio Pessoa, Avenida Rei Alberto I, João Salermo, Avenida Saldanha Gama, Praça Gago Goutinho e ponto final no Ferry-boat. Volta pelo mesmo itinerário até a Epitácio Pessoa seguindo pela Conselheiro Nébias, Azevedo Sodré, Washington Luís, rua Almeida Moraes, Constituição, Bittencourt, Senador Feijó, São Francisco, rua Pedro II, Praça Mauá e General Câmara até o ponto final na Praça Rui Barbosa. 

A linha 43 (Centro-Praça da Independência) foi prolongada até o Boqueirão com o seguinte itinerário: Praça Mauá, General Câmara, Praça Rui Barbosa, João Pessoa, Conselheiro Nébias, Azevedo Sodré, Ana Costa, Praça da Independência, Galeão Carvalhal, Governador Pedro de Toledo, Epitácio Pessoa, Oswaldo Cruz, Bartolomeu de Gusmão, Conselheiro Nébias, Bittencourt, Senador Feijó, São Francisco, rua Pedro II e ponto final na Praça Mauá.

Em 1978, foi lançado o Programa de Revitalização dos Trólebus de Santos, com apoio financeiro da Empresa Brasileira de Transporte Urbanos (EBTU).

Em 27 de fevereiro de 1978, foi extinta a linha de trólebus 43 (Praça Mauá - Praça da Independência) substituída pela linha 11 de ônibus a diesel da CSTC. A linha 5 de trólebus (Praça Mauá - Praça Visconde de Itaborahy) foi transformada em circular com ônibus a diesel.

Em 25 de setembro de 1978, a linha 40 de trólebus  (Centro-Praça da Independência) foi substituída pelas linhas 7 e 77 de ônibus a diesel. No mesmo dia a linha 50 passou a ser operada exclusivamente com trólebus.

Em 2 de maio de 1979, foi suspensa a operação de trólebus  linha 53 (Praça Mauá-Orquidário Municipal), substituída por ônibus a diesel. A circulação dos trólebus só foi restabelecida em 1985.

Em 1979, foi iniciada a recuperação de alguns trólebus e a modernização do sistema. Só havia 25 trólebus em operação em 3 linhas: 4, 8, e 50.

Novos trólebus 

Em novembro de 1979, foi entregue o primeiro trólebus Marcopolo San Remo Scania BR 116 de três portas, com controle de tração Ansaldo, chassis Scania-SAAB e suspensão a ar. O veículo protótipo, com prefixo 600, entrou em operação comercial em 26 de janeiro de 1980, nos festejos de aniversário da cidade. Em 1992, seu conjunto de tração, motor e chopper foi substituído por outro novo fabricado pela Asea Brown Boveri.

Em dezembro de 1979, o CSTC contava com 21 trólebus em operação em 3 linhas:

4 - Praça Mauá - Ferry-boat, 12 veículos
8 - Praça Mauá - Embaré, via rua Silva Jardim
50 - Centro - Ferry-boat, via Avenida Washington Luís

A antiga linha de trólebus 53 (Praça Mauá - Orquidário) era operada com ônibus a diesel da CSTC.

Em janeiro de 1980, a CSTC apresenta o plano de prolongamento da Linha 1 do trólebus até São Vicente. Projeto que nunca foi executado. Cogitava-se também o prolongamento da linha 8 até a Ponta da Praia.

Em fevereiro de 1980, a CSTC contava com frota de 45 trólebus. Dos 50 veículos entregues em 1963, um foi convertido a motor diesel e 4 foram acidentados, considerados irrecuperáveis. 

Em abril de 1980, a população reclamava do estado lamentável da frota de trólebus com veículos amassados e sujos. Em maio de 1980, foi iniciada a reforma dos 45 trólebus, dentro do Programa de Revitalização dos Trólebus. O primeiro carro entregue foi o de prefixo nº 502.

Em junho de 1980, a Companhia Santista de Transportes Coletivos (CSTC) abriu a concorrência pública nº 07/80 para fabricação e fornecimento de 6 trólebus a serem utilizados no Programa de Revitalização do Sistema de Trólebus de Santos, com opção do fornecimento de mais 4 veículos. A concorrência foi vencida pelo Consórcio Marcopolo/Ansaldo/Inepar. O contrato de fornecimento foi firmado em 24 de dezembro de 1980, com previsão de entrega para abril de 1981.


O primeiro trólebus reformado
A Tribuna, 03/11/1980, p.32


Em novembro de 1980, foi concluída a reforma do primeiro trólebus italiano, o 605 (ex-505), que entrou em operação no dia 25 na linha 4 (Praça Mauá - Ferry-boat). Em março de 1981 foram entregues os carros 610, 615 e 620, com a nova cor padrão amarelo canário com faixas marrom e ocre da EBTU.

Padrão de pintura da EBTU lançado em 1981 para os trólebus italianos reformados
Carro 640 fotografado em novembro de 1982 na Ponta da Praia. 


Em dezembro de 1980, a CSTC estudava restabelecer a linha de trólebus 43, que só funcionava aos domingos e feriados.


A Tribuna, 13/12/1980, p.36


Em janeiro de 1981, da frota patrimonial de 45 trólebus, 22 estavam em tráfego e três estavam sendo totalmente reformados. O trólebus de prefixo 610, um dos três que estava sendo reformado se encontrava praticamente pronto, só faltando o eixo traseiro, o único item importado.

Em fevereiro de 1981, foi iniciada a instalação da rede aérea na rua João Eboli, no trecho de 150 metros de extensão entre a Avenida Senador Feijó e a rua Comendador Martins, evitando a circulação de trólebus no contra fluxo da rua Júlio de Mesquita para o acesso à garagem de Vila Matias.

Em 15 de fevereiro de 1981, chegam ao porto de Santos, provenientes dos Estados Unidos, 50 eixos traseiros encomendados pela CSTC para a reforma dos trólebus italianos.

Em março de 1981, a CSTC colocava em tráfego 20 trólebus em média, sendo que alguns retornavam à garagem por avarias mecânicas. As quatro linhas em operação, 4, 8, 50 e 53, transportavam diariamente juntas 20 mil passageiros.

Em princípios de maio de 1981, foi entregue o primeiro trólebus Marcopolo/Ansaldo/Inepar de uma encomenda de 6 unidades, proveniente da fábrica da Marcopolo de Caxias do Sul. Recebe o prefixo 1000. Entrou em operação experimental sem passageiros em 9 de maio de 1981. Só entrou em operação comercial em primeiro de julho de 1981, após três semanas de testes, inicialmente na linha 4 (Praça Mauá-Ferry-boat).

Primeiro trólebus Marcopolo/Ansaldo/Inepar na linha 4
A Tribuna, 02/07/1981, p.32


Em 13 de maio de 1981, a CSTC apresenta o plano de expansão da rede de trólebus para o bairro do Valongo, com 1,18 Km de extensão e ponto final na Praça Marquês de Monte Alegre.

Em 16 de junho de 1981, foi invertido o sentido de circulação nas ruas Conselheiro Lafayette, Oswaldo Cochrane,  Vergueiro Steidel e Álvaro Alvim, retirando os trólebus do contra fluxo da Conselheiro Lafayette.

Em 21 de junho de 1981, entraram em operação os trólebus recuperados 620 e 625 dentro do programa de revitalização dos trólebus, se juntando aos três trólebus já reformados: 605, 610 e 615. Os dois novos trólebus entram em operação na linha 4 (Praça Mauá-Ferry-boat) se juntando aos 14 trólebus da linha.

Com a reforma dos 45 trólebus italianos e a entrega de 5 novos trólebus Marcapolo a meta, segundo a EBTU, era operar 7 linhas igualando-se ao sistema de trólebus da década de 1970 quando transportava diariamente 60 mil passageiros. Planejava-se o prolongamento da linha 4 até o Valongo e nova linha nas avenidas Braz Cubas, Pinheiro Machado e Ana Costa.

Em 19 de agosto de 1981, a CSTC lança a tomada de preços nº 008/1981 para o fornecimento de 35 motores elétricos de corrente contínua com 3 HP de potência, dentro do Programa de Revitalização do Sistema de Trólebus.

Em setembro de 1981, o sistema de trólebus contava com 26 veículos disponíveis e 22 em tráfego em três linhas 4, 8 e 50.  A linha 4 era operada com 12 carros com intervalos de 5 minutos, a linha 8 com 7 trólebus e intervalos de 8 minutos e a 50 com três trólebus e intervalos de 20 minutos. Em 9 de setembro de 1981 os trólebus bateram o recorde transportando 32 mil passageiros.

Em 13 de outubro de 1981, o itinerário da linha 50 (Centro-Ferry-boat) foi reduzido para a Praça Coração de Maria. Com a diminuição do itinerário foi possível aumentar o número de intervalos com a mesma quantidade de veículos. Até então a linha 50 era operada com 3 veículos com intervalos de 24 minutos. Com a mudança o intervalo foi reduzido para 20 minutos. A linha passou a contar com o seguinte itinerário: Praça Mauá, General Câmara, Praça Rui Barbosa, João Pessoa, Constituição, Carvalho de Mendonça, Washington Luís, Azevedo Sodré, Ana Costa, Praça da Independência, Galeão Carvalhal, Governador Pedro de Toledo, Epitácio Pessoa, Avenida dos Bancários até o ponto final na Praça Coração de Maria. Volta: Avenida dos Bancários, Epitácio Pessoa, Conselheiro Nébias, Azevedo Sodré, Washington Luís, Almeida Moraes, Constituição, Bittencourt, Senador Feijó, São Francisco, Dom Pedro II e Praça Mauá.

Em 1982, a operação da linha 53 foi suspensa em função das obras de construção de uma novo pontilhão na rua Galeão Carvalhal, na altura da Avenida Washington Luís, para permitir a convesão dos veículos à esquerda, inclusive trólebus.

Em 20 de abril de 1982, foi anunciado que a linha do Orquidário seria reativada com a construção de nova rede na rua Euclides da Cunha. Enquanto na Ponta da Praia a rede da Avenida Saldanha da Gama, no sentido Ferry-boat, seria remanejada para a Avenida Rei Alberto I, no trecho entre a rua João Salermo e a Praça Almirante Gago Coutinho.

Em setembro de 1982, a CSTC contava com 29 trólebus, sendo 5 novos e 24 reformados, 36 km de rede bifilar e 2 linhas em operação, transportando mensalmente 1,08 milhão de passageiros. Entre 1980 e 1982 foram sucateados 24 trólebus por falta de peças, inclusive pneus, guardados ao tempo.

Em dezembro de 1982, o sistema de trólebus bate novo recorde transportando num dia 36 mil passageiros. Em janeiro do mesmo ano transportava diariamente 30 mil passageiros. A população foi readquirindo a preferência pelos trólebus com a entrega dos veículos reformados. No mesmo mês foram concluídos os estudos de prolongamento da rede da Avenida Senador Feijó, desde a rua Júlio de Mesquita até a rua Carvalho de Mendonça e desta até a junção com a rede existente na Avenida Washington Luís.

Em 15 de dezembro de 1982, a linha 50 foi transformada em circular com o seguinte itinerário: Washington Luís, Azevedo Sodré, Ana Costa, Praça da Independência, Galeão Carvalhal, Washington Luís, 

Em 1983, o sistema ganha 1,3 Km de rede bifilar e 8 trólebus são reformados. Em junho de 1985,  o sistema  contava com 34 veículos, 65 km de rede bifilar e 4 linhas em operação.

Em janeiro de 1983, foram concluídos os testes do trólebus reformado de prefixo 800 como motor híbrido, construído integralmente nas oficinas da CSTC da Vila Matias.

A Tribuna, 10/03/1983, p.1

A Tribuna, 10/03/1983, p.5

Em maio de 1983, a CSTC anuncia o plano de reativação da linha 5 (Centro-Praça Visconde de Itaboraí) e de implantação de redes na Avenida Costa (11,7 Km), binário Euclides da Cunha/Floriano Peixoto (3,75 Km), Avenida Afonso Pena (2 Km) e no trecho Praça Rui Barbosa-Largo Marquês de Monte Alegre (1,25 Km). 

A linha 5 foi reativada em 31 de janeiro de 1984, com 5 carros e intervalos de 16 minutos, com o seguinte itinerário: Praça Mauá, General Câmara, Praça Rui Barbosa, João Pessoa, Constituição, Carvalho de Mendonça, Washington Luís, Azevedo Sodré, Ana Costa, Praça da Independência, Galeão Carvalhal, Governador Pedro de Toledo, Epitácio Pessoa, Almirante Cochrane e Praça Visconde de Itaborahy. Volta: Almirante Cochrane, Epitácio Pessoa, Conselheiro Nébias, Azevedo Sodré, Washington Luís, Almeida de Moraes, Constituição, Bittencourt, Senador Feijó, São Francisco, Dom Pedro II e Praça Mauá.


A Tribuna, 15/05/1983, p.58


Em 15 de junho de 1984, a CSTC abre concorrência para aquisição dos materiais necessários para instalação de rede aérea na rua Euclides da Cunha permitindo a reativação da linha 53 (Centro-Orquidário Municipal). Também era prioridade o prolongamento da rede da linha 8 até a rede existente da Avenida Epitácio Pessoa para deslocar seu ponto final para a Praça Coração de Maria. A instalação da rede aérea da rua Euclides da Cunha foi iniciada em 15 de setembro de 1984.


A Tribuna, 29/06/1984, p.5


Em 3 de junho de 1985, foi restabelecida a linha de trólebus 53 (Praça Mauá-Orquidário) com 4 trólebus, prefixos 605, 685, 690 e 720.

Em 5 de agosto de 1985, foi restabelecida a linha de trólebus 40 (Centro-Orquidário) via Conselheiro Nébias, paralisada desde outubro 1978 por falta de material rodante. A linha voltou com 4 trólebus e o seguinte itinerário: Praça Mauá, General Câmara, Praça Rio Barbosa, João Pessoa, Conselheiro Nébias, Azevedo Sodré, Ana Costa, Praça da Independência, Avenida Marechal Deodoro, Euclides da Cunha, Pinheiro Machado, Alameda Barão de Penedo e Praça Washington. Volta: Avenida Francisco Glicério, Maranhão, Floriano Peixoto, Praça da Independência, Galeão Carvalhal, Minas Gerais, Conselheiro Nébias, Bittencourt, Senador Feijó, São  Francisco, Dom Pedro II e Praça Mauá.

Em 27 de novembro de 1985, o ponto final da linha de trólebus 8 (Praça Mauá-Embaré) foi transferido da rua Conselheiro Lafayette para a Praça Coração de Maria, após o prolongamento da rede da rua Oswaldo Cochrane até a Avenida Epitácio Pessoa.

Em janeiro de 1986, dos 32 trólebus disponíveis, 28 estavam em circulação. Em fevereiro de 1986, a CSTC adota nova pintura da frota com metade da lateral na cor vermelha mantendo o bege da pintura anterior, no sistema de saia e blusa. O primeiro trólebus com a nova pintura, de prefixo 655, entrou em circulação na linha 4 (Praça Mauá-Ferry-boat) em 22 de maio de 1986. Todos os 33 trólebus deveriam receber a nova pintura.

Padrão de pintura saia e blusa adotado em 1986


Plano de Ampliação do Sistema de Trólebus

Em fevereiro de 1986, a CSTC lança o plano de expansão da rede para a Avenida Ana Costa e Zona Noroeste, com prioridade para implantação da nova linha de trólebus 20 (Centro - Praça da Independência).  

A Tribuna, 19/04/1986, p.26


Em 30 de abril de 1986, a CSTC inaugura a linha de ônibus a diesel 20 (Praça Mauá - Praça da Independência) via Avenida Ana Costa, que deveria ter sua frota substituída por trólebus até o fim do ano.

Em julho de 1986, a CSTC, dentro do Programa de Ampliação do Sistema de Trólebus, abre concorrência pública para a fabricação e fornecimento de 8 novos trólebus para operação na futura linha 20 (Praça Mauá-Praça da Independência) via Avenida Ana Costa. A concorrência foi vencida pela Material Ferroviário S.A (Mafersa) e o contrato para o fornecimento de 6 veículos foi assinado em 16 de março de 1987. Os seis veículos entraram em operação em 26 de janeiro de 1988.


A Tribuna, 02/07/1986, p.23


Em julho de 1986, dentro do novo plano de circulação do centro da cidade, foi iniciada a instalação do posteamento da rede área da rua Amador Bueno, no trecho entre a rua Vasconcellos Tavares e a Praça José Bonifácio.


A Tribuna, 26/10/1986, p.4


Em 13 de novembro de 1986, foi aberta ao tráfego a nova rede da Avenida Conselheiro Nébias e rua General Câmara até a Praça Mauá, com 1,310 quilômetros de extensão, desafogando o tráfego das ruas Bittencourt, Senador Feijó, São Francisco e Pedro II. A primeira linha a circular pela nova rede foi a 4 (Praça Mauá-Ferry-Boat). Dois dias depois a linha 40 (Praça Mauá-Orquidário Municipal) que operava com 4 veículos e intervalos de 17 minutos, passou a fazer o mesmo percurso.

Dentro do novo plano de circulação do Centro, em 2 de dezembro de 1986, foi entregue a nova rede bifilar dos trólebus da Avenida Washington Luís e rua Braz Cubas até a General Câmara, evitando a passagem das linhas 5 e 53 nas ruas Bittencourt, Senador Feijó, São Francisco e Pedro II.


A Tribuna, 08/04/1987, p.28


Em maio de 1987, a CSTC recebe da EBTU a verba para instalação da rede elétrica dos trólebus na Avenida Ana Costa.

Em 30 de maio de 1987, a linha 8 (Praça Mauá-Praça Coração de Maria) foi prolongada até o Ferry-boat e teve parte de seu itinerário alterado. O percurso de ida passou a ser o seguinte: rua General Câmara, Praça Rui Barbosa, João Pessoa, Martim Afonso, Bittencourt, Senador Feijó, 7 de Setembro, Praça Iguatemy Martins, Silva Jardim, João Guerra, Batista Pereira, Avenida Rodrigues Alves, Almirante Tamandaré, Oswaldo Cochrane, Epitácio Pessoa, Rei Alberto I, Capitão João Salerno e Avenida Saldanha da Gama. Volta: mesmo itinerário até a rua Oswaldo Cochrane seguindo pela rua Almirante Tamandaré, Rodrigues Alves, 28 de Setembro, Xavier Pinheiro, Campos Melo, Doutor Cochrane e General Câmara até a Praça Mauá.


A Tribuna, 29/05/1987, p.28


Em 20 de junho de 1987, a CSTC concluiu a instalação da nova rede dos trólebus do centro da cidade, previstas no Projeto Aglurb, faltando pequenos ajustes nos cruzamentos. Foram instaladas 8,3 Km de nova rede bifilar. A rede da rua da Constituição foi desativada e foi mantida somente para uso em caso de emergência. A rua João Pessoa, que teve a mão invertida, ficou sem o tráfego de trólebus.

Em junho de 1987, a CSTC contava com 11 trólebus parados na garagem e dois em reconstrução. 

Em novembro de 1987, foi iniciada a instalação da rede aérea da Avenida Ana Costa. Em 26 de janeiro de 1988, data do aniversário da cidade, foi inaugurada a linha 20, com 4 carros e o seguinte itinerário: Praça Mauá, General Câmara, Praça Rio Barbosa, Vasconcellos Tavares, Amador Bueno, Senador Feijó, Rangel Pestana, Ana Costa, Praça da Independência, Júlio de Mesquita, Braz Cubas, General Câmara e Praça Mauá. O carro de prefixo 2005 participou da viagem inaugural.


Trólebus Mafersa na Praça Mauá em 1988


Em 18 de outubro de 1988, após muitos pedidos da população em função do grande número de acidentes, a prefeitura anunciou o fim da faixa exclusiva para ônibus e trólebus do contrafluxo da Avenida Epitácio Pessoa. A rede deveria ser transferida para a Avenida da Praia no trecho entre o Canal 6 e a Avenida Conselheiro Nébias, com ramais na rua Oswaldo Cochrane e Avenida Almirante Cochrane. Os trólebus passaram a circular pela nova rede em 10 novembro de 1988.


A Tribuna, 15/11/1988


Em 1988, a CSTC tinha frota patrimonial de 32 trólebus e 6 linhas em operação: 4, 5, 8, 20, 40 e 53.

Abandono, crise e falência

Em função de quebra constante de veículos por falta de manutenção, em 20 de maio de 2022, a CSTC anunciou a desativação de 25 trólebus. Os veículos mais novos, 6 Mafersa e outros 6 adquiridos na década de 1980, deveriam ficar concentrados nas linhas 4 e 8 as mais longas e de maior demanda. As linhas 5, 20, 40 e 53 deveriam ser substituídas por ônibus a diesel. A CSTC contava com 13 trólebus parados por falta de peças. Em 22 de maio de 1989, 64% da frota de trólebus foi paralisada. Da frota de 39 trólebus disponíveis em janeiro do mesmo ano, apenas 14 foram mantidos em operação. 


A Tribuna, 21/05/1989, p.1

A Tribuna, 23/05/1989, p.28


Em 10 junho de 1989, apenas a linha de trólebus  4 (Praça Mauá - Ferry-boat) estava em operação, com 12 veículos. Em 21 de junho o trólebus de prefixo 715 depois de revisado voltou a operar na linha 20 (Praça Mauá-Praça da Independência) via Avenida Ana Costa, com nova pintura. No final de junho havia 21 veículos disponíveis.

Linhas em operação em 29 de junho de 1989

4 (Praça Mauá-Ferry-boat), 12 veículos
8 (Praça Mauá-Ferry-boat), 5 veículos
20 (Praça Mauá-Praça da Independência), 3 veículos
40 (Praça Mauá-Orquidário Municipal), 1 veículo

Em 30 de julho de 1989, dos 25 trólebus retirados de tráfego em maio, 19 já estavam recuperados e devolvidos ao tráfego. No mesmo período a linha 53 foi reativada. Em dezembro de 1989, 29 trólebus circulavam diariamente.

Em 1990, a rede da Avenida Saldanha da Gama no sentido Ferry-boat, foi remanejada para a Avenida Rei Alberto I, melhorando o atendimento no bairro da Ponta da Praia.


Expansão da Rede Básica dos Trólebus entre 1968 e 1990


Em agosto de 1990, o Demutran implanta uma faixa exclusiva para ônibus e trólebus na Avenida Epitácio Pessoa, sentido Ponta da Praia, melhorando a fluidez dos veículos.

Em 24 de abril de 1991, a prefeitura de Santos inicia os testes das primeiras catracas eletrônicas com fichas metálicas no nos cinco trólebus da linha 20 (Praça Mauá-Praça da Independência). 


Padrão de pintura lançado em junho de 1989
Trólebus Marcopolo/Ansaldo/Inepar


A Tribuna, 30/01/1992 p.34


Em setembro de 1993, foram desativadas em definitivo as linhas 5 (Centro-Praça Visconde de Itaborahy), 8 (Centro-Ferry-boat), 40 e 53, restando apenas as linhas 4 e 20 em operação. No ano seguinte foram retirados de circulação e sucateados 20 veículos.


A Tribuna, 05/12/1993


No segundo semestre de 1995, foi extinta a tradicional linha de trólebus 4 (Praça Mauá-Ferry-boat), a de maior demanda da CSTC, restando em operação apenas a linha 20.

Trólebus de Santos em 1995

Frota: 7 veículos
Número de linhas: 1, com 13,7 Km de extensão
Extensão da rede bifilar: 16,5 km em operação e 47 km desativados
Tensão: 600 volts
Potência instalada: 1.600 kW
Subestações: 1 em operação e 6 desativadas
Passageiros Transportados: 2.441.000
Participação no mercado de Transporte Público: 5 %
População do município: 421.292 habitantes

Fonte: Relatório Trólebus ANTP, 1995


A Tribuna, 24/07/1995, p.1


Em março de 1996, foram desativados e sucateados mais 18 trólebus, sendo os 11 últimos trólebus italianos e 7 Marcopolo/Ansaldo/Inepar, restando apenas apenas a linha 20 em operação com seis veículos Mafersa e um Marcopolo.

Em 1996, os sete trólebus restantes foram renumerados para os prefixos entre 201 e 207.

Em 1997, o sistema de trólebus contava com 16,5 Km de rede bifilar e somente a linha 20 em operação com 7 veículos.


Rede em 1997. Anuário ANTP dos Transportes Urbanos 1997

Linhas dos Trólebus de Santos entre 1963 e 1998

Frota dos Trólebus de Santos

Trólebus italianos reformados


Privatização

Em 9 de abril de 1998, a Viação Piracicabana vence a licitação das oito linhas de ônibus a diesel mais rentáveis da CSTC: 4, 10, 17, 19, 20, 23, 29 e 42. Segundo o edital a empresa vencedora deveria em 12 meses adquirir 15 trólebus novos para reativar a linha 4 e reforçar a linha 20, a única em operação com 6 trólebus Mafersa numerados de 201 a 206 e um trólebus Marcopolo/Villares. Em 24 meses deveria adquirir mais 15 trólebus, totalizando 37 trólebus entre novos e usados. Em 29 de abril de 1998, a Piracicabana iniciou suas operações na linha 4, a mais rentável da CSTC, com frota de ônibus a diesel.


A Tribuna, 03/04/1999



Vídeo - Trólebus Históricos 1992-1999, por Jorge Françozo

Em 2001, a única linha de trólebus em operação, a 20 (Praça Mauá-Praça Independência) via Ana Costa, era operada com 7 veículos, sendo um trólebus Marcopollo/Villares e 6 trólebus Mafersa/Villares. Em 2006, a linha era operada com apenas 6 trólebus Mafersa/Villares, numerados de 5302 a 5307, com eventual reforço de dois ônibus a diesel. 


Trólebus Mafersa por volta de 2010


Em 17 de agosto de 2017, a Viação Piracicabana reativa a Linha 20 (Praça Mauá - Praça Independência), paralisada há cerca de 15 meses, em função das obras de construção do VLT. A linha voltou com 6 trólebus Mafersa.


Praça Mauá em 2019
Foto Lucas Pinheiro


No início de 2022, a frota de 6 trólebus Mafersa da Viação Piracicabana encontrava-se foram de operação. A linha 20 era operada com micro-ônibus elétricos a bateria.


Toda a rede do trólebus de Santos e o Plano de Expansão para a Zona Noroeste 
e São Vicente em azul que nunca foi executado
Para ampliar clique na imagem


Mapa - Rede dos Trólebus de Santos no Google Maps

Vídeo - Evolução da Rede dos Trólebus de Santos

Garagem e oficinas: Vila Matias, Jabaquara

Máxima extensão de rede bifilar: 73 Km
Frota Máxima: 50 trólebus

Passageiros Transportados

1964        5.110.000
1965        8.560.000
1972      15.559.437
1981        8.144.000
1982        9.222.696
1993        5.653.000
1994        3.745.000
1995        2.445.000
1996           793.382
1998        1.375.000

Extensão da Rede Instalada (Km)

1995       16,5
1996       16,5
1998         9,7

Frota Patrimonial (disponível)


1986        34
1987        34
1988        40
1989        39
1993        20
1994        20
1995        20
1996          7
1997          7
1998          7 

Frota em operação

1980        16
1981        20
1982        28
1984        23
1985        25
1986        28
1987        28
1989        11
1995        15

Trólebus novos entregues

1963        34        Fiat/Alfa Romeo/Pistoiesi/Marelli
1964        16        Fiat/Alfa Romeo/Pistoiesi/Marelli
1979        01        Marcopolo/Ansaldo/Inepar (protótipo)
1981        01        Marcopolo/Ansaldo/Inepar
1982        04        Marcopolo/Ansaldo/Inepar
1982        01        CSTC/Saab Scania/Marcopolo/Villares
1984        01        CSTC/Santa Matilde
1988        06        Mafersa M210

Linhas em Operação

1963         1
1964         2
1965         3
1989         1
1993         2 
1994         2
1995         1
1996         1
1997         1
1998         1


REFERÊNCIAS:

Concluído o Plano de Transportes Urbanos. Correio Paulistano. São Paulo. 10 setembro 1952. p.10.

Deverão chegar a Santos, em setembro, os primeiros tróleibus para o SMTC. A Tribuna. Santos. 28 agosto 1962. p.24.

Embarcado ontem o troleibus solicitado pro empréstimo ao governo da Guanabara. A Tribuna. Santos. 25 janeiro 1963. p.22.

Segunda linha-tronco de tróleibus será na Avenida Conselheiro Nébias. A Tribuna. Santos. 29 março 1964. p.48.

Trólebus 8 vai até a praia. A Tribuna. Santos. 13 fevereiro 1968. p.24.

Silvio inaugura amanhã a nova entrada da cidade. A Tribuna. Santos. 11 abril 1969. p.26.

É hora de reivindicar trólebus. Transporte Moderno. Outubro 1982. p.6.